Salário mínimo deveria ser R$ 5,9 mil para família de 4 pessoas, diz pesquisa
08/02/2022 15:06 em Informação

Uma pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou que o salário mínimo deveria ser de pelo menos R$ 5.997,00 no Brasil. O cálculo avalia os gastos de uma família de quatro pessoas com moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte e lazer.

Atualmente, o salário mínimo é R$ 1,2 mil, quase cinco vezes menor que o estimado necessário. Para se ter uma ideia, o valor da cesta básica aumentou em 16 capitais. Em São Paulo, por exemplo, o custo médio é R$ 713, o mais caro.

Os aumentos mais expressivos na variação mensal foram em Brasília (6,36%), Aracaju (6,23%), João Pessoa (5,45%), Fortaleza (4,89%) e Goiânia (4,63%). 

O Dieese também calculou o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica. Em janeiro de 2022, a jornada foi 112 horas e 20 minutos. No mês anterior, o tempo necessário era de 119 horas e 53 minutos.

Alimentos mais caros

Entre os destaques no levantamento deste mês, o preço do quilo do café em pó subiu em todas as capitais analisadas na comparação com dezembro. Segundo o Dieese, “a expectativa de quebra da safra 2022/2023 e os menores estoques globais de café elevaram tanto os preços internacionais quanto os preços internos”. 

Assista: em um ano, café ficou 40% mais caro

O açúcar também ficou em destaque, com o valor do quilo mais alto em 15 capitais. Em Brasília, o custo do produto ficou 4,66% mais alto. Apenas Florianópolis e Porto Alegre tiveram queda, de 1,09% e 0,22%, respectivamente. A entressafra é a justificativa para o aumento dos preços.

O óleo de soja ficou mais caro em 15 capitais. Apenas Vitória e Aracaju tiveram baixa no preço. Em Belém, que teve a maior variação, o custo do alimento aumentou 5,99%. O Dieese aponta que o clima pode afetar a soja no Brasil e que também há muita procura externa pelo grão e pelo óleo bruto.

A boa notícia ficou por conta da redução do preço do arroz agulhinha e do feijão. O preço do arroz recuou em 16 das 17 capitais pesquisadas. Em Vitória, a queda alcançou 9,87%. No caso do feijão, o custo ficou mais barato em 12 capitais.

 

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