Polícia Civil trabalha para identificar outros grupos criminosos que monitoram ações policiais
O esquema de monitoramento de agentes de segurança no Grajaú, extremo sul de São Paulo pode ser só o início de uma investigação que promete identificar outros grupos criminosos de aplicativos de mensagens espalhados por toda a região metropolitana.
O setor de inteligência da Polícia Civil já trabalha para desarticular outros grupos criminosos que usam aplicativos de mensagens para monitorar as ações policiais.
Na investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, a polícia descobriu que todas as viaturas de forças de segurança que entravam no bairro do Grajaú, o mais populoso da zona sul, eram monitoradas pela quadrilha.
Nos áudios gravados entre os integrantes, os criminosos falam sobre a localização de uma viatura da Rota, tropa de elite da PM paulista que fazia uma operação na região.
O grupo de aplicativo de mensagens tinha quase 400 integrantes e 18 administradores foram presos e vão responder por organização criminosa.
Segundo a investigação, que durou três meses, a preocupação dos integrantes do esquema era não ser surpreendido por policiais e assim evitar prisões e apreensões.
Além das viaturas caracterizadas, os criminosos conheciam também aqueles carros da polícia que não tem qualquer identificação.
O risco de um ataque a um agente de segurança fora do horário de expediente também é uma preocupação das autoridades.
O DHPP promete novas prisões na operação Grajaú On-line, os policiais apreenderam maquininhas de débito e crédito, cartões bancários e celulares.